#1.585 – Albert Cammus – O Mito de Sísifo (Sd).

Uma pergunta para a audiência: você já se sentiu desmotivado, ou sem visão de mundo, ou sem interesse pelas coisas que você normalmente faz, com desejo de inovar e de fazer tudo como se nem mesmo você fosse a si próprio? Pois é, este sentimento de desilusão é trabalhado em O Mito de Sísifo como uma das mais importantes experiências de pensamento filosófico do século XX. Quando foi publicado, pela primeira vez, em 1942, Cammus trouxe para esta obra, a síntese das angústias do século em que ele viveu e dos vindouros.

Sísifo foi um rei de caráter ligeiramente duvidoso. Ao trair o deus dos deuses gregos, Zeus, contando sobre o rapto de uma das suas amantes, foi perseguido, morto e em seguida, tendo ludibriado Perséfone, a rainha do submundo onde jaziam todos os mortos gregos, voltou ao mundo dos vivos para cumprir uma missão, não mais retornando ao mundo dos mortos, o que irritou Zeus mais uma vez, condenando-o não à morte, mas a subir, eternamente, uma montanha rolando uma pedra, que ao chegar ao topo, era novamente rolada para baixo, para frustração do pobre condenado.

Este mito nos mostra dois aspectos fundamentais: o primeiro, o poder das narrativas ao condensar arquétipos indiscutíveis sobre narrativas acerca de pessoas comuns, de carne e osso; o segundo de que, se a vida pode ser comparada a algo, certamente é à pedra a qual Sísifo rola ladeira acima. “É preciso imaginar Sísifo feliz” (p. 88). Apresentando Cammus, uma solução para, provavelmente, alguns dos mais profundos dilemas, bem como das mais graves angústias da humanidade: a ausência de sentido na vida:

Deixo Sísifo no sopé da montanha! Sempre se reencontra seu fardo. Mas Sísifo ensina a fidelidade superior que nega os deuses e levanta os rochedos. Ele também acha que tudo está bem. Esse universo doravante sem senhor não lhe parece nem estéril nem fútil. Cada um dos grãos dessa pedra, cada clarão mineral dessa montanha cheia de noite, só para ele forma um mundo. A própria luta em direção aos cimos é suficiente para preencher um coração humano. (…) (p. 88).

Albert Cammus

Este livro é para todo tipo de leitor, mas especialmente para aqueles cuja visão de mundo já se encontra embaciada pelas dores e os rancores dos dias iguais, do sofrimento sobre as dificuldades e, principalmente, para aqueles que são continuamente maltratados pela efemeridade da felicidade e das formas constantes que a tristeza encontra para nos atingir. Não é à-toa que, mais de 70 anos após seu lançamento, esta obra continua ainda atemporal e perfeitamente aplicável aos nossos tempos.

Nº de páginas: 102Tipo de Arquivo: .PDF.
Editora: N/C.Link para Download
Idioma da obra: Inglês.Disponível para Kindle? Sim.
Adaptação para TV/Cinema: Não.

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Publicado por ricardosilvio

Universitário (Português/Direito), Bombeiro, fotógrafo amador e orientador informal. Vários anos de experiência me fizeram hábil na arte de escrever diversos tipos de texto. Este blog é um prolongamento do meu canal no Youtube. Aprenda mais lá! Conheça mais do meu trabalho nos blogs parceiros.

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