#1.543 – Alexandra Gurgel – Pare de Se Odiar – Porque Amar o Próprio Corpo é um Ato Revolucionário (2018).

Alexandra Gurgel é influenciadora e atua em um nicho de ação muito peculiar, denominado atualmente como “body positivity”, ou “positividade corporal”. Neste grupo, uma derivação do segmento Woke no Brasil, os autores tendem a ir de encontro às normas sociais convencionadas no que diz respeito ao corpo e ao bem-estar relacionados a seu modo de funcionamento ou estrutura. Gurgel, especificamente, tem um canal do Youtube, conhecido como Alexandrismos (agora Bolha), onde fala sobre esta temática e consegue se comunicar com seu público.

No mesmo estilo do canal – direto, sem muita enrolação e com bastante lugar de fala – Gurgel monta o seu Pare de Se Odiar, a primeira obra da autora, que vem com um discurso bastante introdutório ao tema da autoestima e dos valores corporais, assim como também encabeçando a ideia de que as violências psicológicas não respeitam especificamente pessoas cujos corpos não estão dentro daquele padrão que é observado na TV e no cinema, bem como nas revistas.

O livro também é uma espécie de autobiografia, já que a autora busca transmitir em suas palavras, uma série de percepções e aprendizados de vida que teve, a partir do momento em que ela percebeu que se “odiava” mas não tinha o completo entendimento dos motivos, o que a levou a uma longa jornada de autoquestionamento e de descobertas que a levaram aos holofotes. Muitos leitores aqui do blog certamente se depararam com o meme “pelo direito de ser feia”, que parte de um dos discursos da Gurgel.

Para quem procura entender melhor os movimentos que a autora defende, assim como para quem também tá precisando de um amadurecimento no sentido da percepção corporal, fica a dica da leitura desta obra, que, aliás, se encontra em constante revisita pela autora e é fundamental para quem busca compreender um pouco mais sobre as formas com que a sociedade impõe e, em alguns casos, chega a ser cruel com as pessoas que não atendem os padrões que ela impõe, mesmo quando isto é algo involuntário e, em algum nível, até mesmo impossível.

Uma mensagem importante: este blog é colaborativo. Se você já leu e conhece, ou se tem sua opinião formada, interaja: Curtiu esta resenha? Gostaria de complementá-la? Comente o que você achou desta obra e explore outros títulos do blog. Pode deixar sua contribuição nos comentários, será um prazer conhecer você e suas opiniões literárias!