Sabe aquelas lendas indígenas que muitos de nós conhecemos na infância? Pois bem, Mário de Andrade, escritor brasileiro dos mais caros do movimento Modernista na literatura se inspirou neste tipo de narrativa para dar vida ao seu anti-herói, Macunaíma, sobrescritado pelo próprio como sendo um “herói sem caráter”, para destacar os principais atributos e, principalmente, para dar um “mito” para o nascimento do malandro brasileiro – e de toda a gente brasileira de certa forma.

O “mito” criado por Mário de Andrade não é datado, mas é escrito em 1929 e nos apresenta Macunaíma, um índio bem diferente: embora tenha nascido de uma índia na selva amazônica, acaba sendo tão diferenciado que não tem, na verdade, quase traços indígenas amazônicos como conhecemos e pior ainda, quase não tem disposição pra absolutamente nada. É um típico inútil do qual ninguém esperaria qualquer tipo de ato útil, muito menos o heroísmo necessário para se tornar a personagem central de uma obra.

Mas eis que Mário de Andrade não poupou criatividade e trouxe a história da sua saga atrás do Muiraquitã, uma espécie de Pedra Filosofal amazônica, sem a qual a existência da sua tribo e do próprio mundo estaria comprometida. Ocorre que a tal pedra foi roubada pela vilã Ci, conhecida como a Mãe do Mato, que a pegou e levou rumo às terras do sul, restando ao “melhor” da comunidade a missão de ir recuperar o poderoso amuleto e assim restaurar a paz e o equilíbrio.

Ocorre que na tal busca, Macunaíma acaba saindo da floresta, e, guiado pelo desejo de encontrar o bendito amuleto, vai parar no coração do Brasil, São Paulo no início do Século XX, uma cidade marcada pela arquitetura brutal e pelos diversos tipos de experiências que são provocadas pelo autor à sua personagem. Aqui, vemos uma clara manifestação do sentimento de modernidade e também do ufanismo reparador que dá sentido à obra, que no fim, busca também ser uma espécie de ode às características do brasileiro, e ao mesmo tempo uma crítica a diversos conjuntos de crenças nacionais que são postas.  

Nº de páginas: 176Tipo de Arquivo: .PDF.
Editora: Editora Nova Fronteira   Link para Download
Idioma da obra: Português.Disponível para Kindle? Sim.
Adaptação para TV/Cinema: Sim.

Obra liberada!

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