#1.522 – David Ebershoff – A Garota Dinamarquesa (2016).

David Ebershoff é destes autores que, à causa que representam, podem ser considerados essenciais. O americano tem como principal característica, desenvolver obras baseadas no reconte histórico de personagens LGBTQIAP+ no mundo, descobrindo e expondo para todos, de todas as comunidades, a importância de tais ícones para a causa, dando às pessoas um poderoso release de personagens em quem se inspirar.

A Garota Dinamarquesa é um romance com o viés histórico real. Ele conta a história de Lili Elbe, antes Einar Wegener que é conhecida como a primeira pessoa no mundo a fazer a cirurgia de redesignação sexual. A historia de Elbe é contada por Ebershoff com poder e intensidade, demonstrando como o desejo e a sensação de incompatibilidade sao capazes de fazer as pessoas se transformarem, no caso em questão, literalmente. A obra mostra os conflitos com a sexualidade e, ao mesmo tempo, nos apresenta ao passado de Elbe, marcado pela atração por um amigo do mesmo sexo, e a compreensão da sua esposa, Gerda, uma artista com sensibilidade suficiente para fazer com que esta transição fosse não apenas possível, mas compreendida.

O estilo de Ebershoff é marcado pela intensidade, a escolha por personagens bem demarcados e seus temas polêmicos, apresentados com a sensibilidade necessária, para que não se torne algo caricato nem tampouco alguma coisa extremamente fantasiosa. Aqui, no decurso da leitura e da situação das personagens onde e quando vivem, representa-se de forma direta a necessidade de reconhecimento destes vultos do movimento LGBTQIAP+ e sua relevância para a Humanidade.

Uma mensagem importante: este blog é colaborativo. Se você já leu e conhece, ou se tem sua opinião formada, interaja: Curtiu esta resenha? Gostaria de complementá-la? Comente o que você achou desta obra e explore outros títulos do blog. Pode deixar sua contribuição nos comentários, será um prazer conhecer você e suas opiniões literárias!