Mais uma vez a contribuição acerca do conhecimento sobre a religião de matriz africana vem de um estudo patrocinado e executado no estrangeiro. É a Universidade de Amsterdam, que apresenta esta primorosa pesquisa teológico/sociológico e cultural sobre o candomblé e as questões envolvendo a sua construção.

Assim como a obra de Johnson (post #1.068) a abordagem trazida à questão do candomblé no Brasil tende a ser generalizante, porque, como se afirmou neste post publicado semana passada, existem menções ao contexto histórico que são ignoradas com o objetivo de dar ao leitor a capacidade de compreender mais elementos a partir da narrativa centrada no contexto histórico e social que atua como background para o desenvolvimento das relações entre os colonizadores e os escravos no Brasil desde pelo menos o século XVI.

De fato, isto se mostra mais presente quando se observa que a construção e o questionamento do que é o real e o que se faz real na narrativa mítica ou religiosa, por vezes dialoga com outros aspectos, como o período colonial em si, bem como a visão sociológica e até mesmo as acepções dos próprios textos sagrados acerca da criação do mundo e outros elementos místicos.

Tudo aparece no livro de maneira independente, mas também correlacionados, dado que estabelecem uma linha narrativa que permite analisar o choque cultural religioso no Brasil, especialmente na Bahia, do fenômeno da colonização e do encontro entre o cristianismo e as religiões africanas praticadas no Brasil.

Nº de páginas: 318

Tipo de Arquivo: .PDF.

Editora: Amsterdam University Press.

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Uma mensagem importante: este blog é colaborativo. Se você já leu e conhece, ou se tem sua opinião formada, interaja: Curtiu esta resenha? Gostaria de complementá-la? Comente o que você achou desta obra e explore outros títulos do blog. Pode deixar sua contribuição nos comentários, será um prazer conhecer você e suas opiniões literárias!

Observação importante: livro em inglês.

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