#985 – José Lins do Rêgo – Riacho Doce (2011)

O romancista paraibano José Lins do Rêgo traz para o Sudeste – e de lá para o Brasil inteiro – o Nordeste para além do exotismo de outros da sua época, configurando-se como um autor típico da geração de 1930 do Modernismo. Sua prosa possui todos os elementos desta escola literária: o neorregionalismo, neorrealismo, a criação e a supervalorização do espaço narrativo, o determinismo, dinamismo dos enredos, a linguagem simples e o constante trabalho de reflexão sobre o mundo.

O neorrealismo se apresenta de forma direta em Riacho Doce. Ele conta a história do casal Ester e Carlos no exótico (para época) litoral alagoano. Aqui no Brasil, Edna se apaixona por um nordestino, (Nô). A trama paralela é outro elemento à parte porque nos apresenta não mais o ciclo do açúcar (como o autor nos faz ver brilhantemente em Fogo Morto (post #5), O Moleque Ricardo (post #4), Bangüê (post #3) e Doidinho (post #2), mas explora também o universo da extração do petróleo no Nordeste, uma novidade nos anos de 1930, e que coloca o Nordeste em plena evidência no contexto da análise das problemáticas associadas a este tipo de exploração.  

Nº de páginas: 327	Tipo de Arquivo: .PDF.
Editora: José Olímpio Editora	Link para Download
Idioma da obra: Português.	Disponível para Kindle? Sim.
Adaptação para TV/Cinema: Não.

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