#489 – Sherry Argov – Por Que Os Homens Amam As Mulheres Poderosas? Um Guia Para Você Deixar de Ser Boazinha e Se Tornar Irresistível (2016)

Nosso homem de Junho não poderia ser outro: Euclides da Cunha. Para começar a falar dele, e ir além de Os Sertões, sua obra-prima, é preciso entender diversas pequenas coisas sobre ele. Ele nasceu no estado do Rio de Janeiro, em 1866, um período marcado pelo positivismo, cientificismo e por um universo de descobertas, algo que viria a se tornar mais presente na sociedade, e que acabou marcando de sobremaneira o estilo de Euclides se comunicar com seu público.

Há biógrafos que o tratam como um “polímata”, isto é, uma pessoa que é dada a diversos tipos de conhecimentos – e se dá bem em todos eles. E não por acaso: Euclides desejava ser cientista, chegando a se aprofundar em áreas complexas, como Física, Meteorologia e Sociologia. Este conhecimento e sua forma de lidar com as palavras, no entanto, acabaram fazendo com que seus planos mudassem, e hoje, Euclides é mais conhecido por sua obra literária que científica.

Euclides morreu epicamente como viveu. Ao ser traído por sua esposa, com um militar (campeão de tiro, segundo biógrafos), Euclides acaba assassinado por Dilermano de Assis, em 1909, seu algoz, no entanto, acaba sendo inocentado por legítima defesa, em um julgamento que se tornou, também, muito popular. Dilermano se torna também escritor, membro da Academia de Letras, e mata o filho de Euclides da Cunha, Euclides da Cunha filho. Uma vida digna de romance, não?